A mudança no ponto de vista do paciente

Não devemos ter medo das mudanças!

As mudanças que tive de fazer ao longo da vida, mudaram-me por fora, mas também por dentro. Quem na vida nunca teve de decidir entre partir ou ficar?

Permanecer na zona de conforto pode ser agradável, mas também nos impede de evoluir, enquanto seres evolutivos que somos. No entanto, é sempre doloroso ter de passar por despedidas, tais como de objetos queridos para nós, pessoas amadas e até de animais de estimação.

São emoções intensas que nos dilaceram por dentro…

Sabemos que mudar é preciso, mas muitas vezes as forças quase que acabam quando temos de pegar nos nossos objetos e colocá-los em caixas. Tantas vezes existe a vontade de mandar tudo para o “ar” e aí falamos para nós mesmos: “Se é para começar uma vida nova, então vou comprar tudo novo!”

Bom dizê-lo, mas não é prático de o fazer, pois precisamos das coisas, mesmo que elas carreguem o peso do passado… é preciso seguir viagem.

Algumas coisas decidimos abandonar mesmo.

Doar é preciso, reciclar é preciso e só assim vamos sentir por completo, a tão esperada e necessária mudança.

Todos somos, ainda, muito apegados ao passado e não devia ser assim.

As mudanças doem e demoram , doem e doem, até já não poder doer mais.

Esta forte emoção só passa quando vem a aceitação do momento presente.

Afinal podemos perder tudo, mas resta-nos o bem mais precioso, o mais importante : NÓS MESMOS! E isso, ninguém nos pode tirar, a nossa vida, a nossa essência e a nossa oportunidade de poder sempre começar do zero, as vezes que forem necessárias, até estarmos bem e felizes.

Quando aceitamos o momento presente, aquele momento em que ficamos frente a frente connosco, é muito gratificante e começamos a ver uma luzinha ao fundo do túnel, finalmente.

Nesse momento começamos a ver a mudança como uma benção, como uma oportunidade e um alívio do que já ficou para trás.

Poder respirar o ar fresco e novo do caminho a percorrer, onde tudo é novo.

Nesse momento, vimos o quanto crescemos, o quanto evoluímos, o quanto temos de nos sentir gratos pelas nossas conquistas.

Nesse momento já não somos os mesmos, somos melhores.

Não devemos ter medo das mudanças!

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